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segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Thalassitis White Dry Wine Santorini 2015; Domaine des Genèves Chablis, 2014; Cinco Tierras Gran Reserva 2010; Bressia Profundo 2009

  Em nosso encontro de setembro nos encontramos no restaurante Luzitano para degustar alguns interessantes rótulos, 2 brancos e 2 tintos, os quais descrevo abaixo:



Thalassitis White Dry Wine Santorini, Grécia, 2015

  Foi uma grata surpresa este vinho grego, que por não serem tão comuns de se encontrar no nosso mercado local, não estamos muito habituados a eles, mas a impressão deste vinho branco produzido 100% com a emblemática uva Assyrtiko, foi das melhores.

  A uva Assyrtiko é nativa da Ilha vulcânica de Santorini, aquela das casas brancas e paisagens deslumbrantes contrastantes com o azul do Mar Mediterrâneo, e possui longa história na região, sendo considerada a cepa mais representativa da Grécia. Tem por característica sua versatilidade, acidez e mineralidade. Os vinhedos na ilha são normalmente muito antigos, neste exemplar são de 80 anos, e tem uma produção pequena em cada parreira, o que costuma conferir ao vinho mais complexidade.

  Esta garrafa foi produzida pela Gaia Wines na Ilha de Santorini, vinícola fundada em 1994 pelos agrônomos atenienses Yiannis Paraskevopoulos e Leon Karatsalos, que com muito estudo e dedicação têm obtido muitos bons resultados em reintroduzir o vinho grego de qualidade no mundo.

  Os aromas do vinho trazem o frescor do limão siciliano, doce de laranja e algo floral, é suave, mineral e agrada muito. Na boca é macio, untuoso, salino, mineral, persistente, equilibrado, tem acidez sutil. Um vinho diferente e instigante, que traz complexidade e foge do habitual. Harmoniza perfeitamente com frutos do mar em geral. Acompanhei com  polvo ao vinagrete e foi excelente. Ótima surpresa que espero voltar a provar.

  Avaliação: CL 91


Domaine des Genèves Chablis, 2014 Borgonha, França

  Vinho produzido na região de Chablis, norte da Borgonha Francesa, próximo à região de Champagne. É senso comum que aí se produzem os melhores Chardonays do mundo, com forte característica seca, ácida e mineral metalizada, e isto não é pouco, tendo em vista que esta é a uva branca mais cultivada no mundo. Mas como sempre, comprar um Chablis não é sinônimo de consumir todo esplendor da bebida, pois existe toda a classe de produtores e resultados, também neste lugar icônico.

  O produtor Dominique Aufrère possui 20 hectares de plantio na região, que está a cargo da sua família há cinco gerações.

  Eu esperava muito deste exemplar, pois havia provado informalmente outra safra há alguns anos e me pareceu um vinho muito promissor. No nariz demonstrou aromas suaves cítricos, predominando limão e ervas frescas. Na boca tem forte presença, leve amargor, acidez viva, boa persistência e bom equilíbrio. No entanto quando se prova um Chablis se espera um algo mais que eu não vi aqui. É um bom vinho, agradável e não compromete, mas também não trouxe aquela mineralidade e complexidade esperada. Achei um bom Chardonay comum, daqueles que por um preço menor no Brasil se encontra por aí com muita facilidade.
  


  Avaliação: CL 88


Cinco Tierras Gran Reserva 2010, Mendoza, Lujan de Cuyo, Argentina

  Produzido pela Vinícola Cinco Tierras, que foi fundada no ano 2000 por Ruben Banfi e sua mulher Marie Geneviuve com o objetivo de colocar no mercado vinhos exclusivos de alta gama.

  Este vinho foi produzido com a uva Cabernet Franc, a qual tem me empolgado cada vez mais com vários exemplares argentinos surpreendentes, que vem sendo elaborados com esta típica uva de Bordeaux.

  Estagiou por 18 meses em barris de carvalho francês e americano.

  Quando abrimos a garrafa, os aromas pareciam meio estranhos, algo como xarope para tosse, mas com o passar do tempo abriu um leque de nuances aromáticas muito interessante, como figo seco, couro, tabaco, carne seca, ervas secas e frutas negras. É necessário decantar por pelo menos uma hora para apreciar toda a sua complexidade. Na boca é intenso e impactante. É um vinho concentrado, forte, encorpado, lembra vinho antigo, do tempo das ânforas, mas com muita qualidade e força. Taninos fortes, mas muito bem domados. Um grande vinho que empolga. Recomendadíssimo.

  Avaliação: CL 93


Bressia Profundo 2009, Mendoza, Lujan de Cuyo, Argentina

  É uma pequena vinícola familiar que se especializou em produzir vinhos de alta qualidade, fundada  por Walter Bressia, que após anos de trabalho como enólogo de vários produtores argentinos, em 2003 investiu na sua marca própria. Ele adquire uvas de produtores selecionados e a partir daí, elabora seus vinhos autorais e conceituais.

  Este belo vinho foi produzido a partir das uvas Malbec, Cabernet Sauvignon, Merlot e Shiraz na região de Lujan de Cuyo , em Mendoza. Estagiou por 10 meses em barris de carvalho francês e americano, de primeiro e segundo usos, e 12 meses em garrafa. É um dos principais e mais conhecidos vinhos deste produtor.

  Nos aromas se destacam as frutas negras como amoras e mirtilos doces e violetas. Aromas sutis e macios muito agradáveis.Na boca é um pouco adocicado, forte, encorpado, intenso, bem harmonioso,  taninos muito bem domados, persistente e equilibrado. Notas de café,  ervas e cravo da índia presente no final de boca. Um vinho com forte presença e de excelente qualidade.

  Minha avaliação:

  AR 91

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Menage a Trois Silk, 2014; Embocadero, 2012; Alceño 50 Barricas Premium, 2012; Pangea 2010

  Nosso encontro mensal da Confraria do Leo  ocorreu em 13/03/2017 para degustarmos alguns rótulos e curtirmos os bons momentos que amigos e vinhos podem gerar. Segue a degustação:



Menage a Trois Silk, 2014, Califórnia, EUA

  Este vinho californiano é produzido pela Foliex à Deux, localizada no famoso Vale do Napa, na Califórnia. 

  Este rótulo brinca com o próprio nome (faz lembrar algumas cachaças brasileiras com nomes de duplo sentido), pois foi produzido com 3 variedades de uvas, sendo 70% pinot noir, 20% malbec e 10% petit shiraz.

  É uma linha de vinhos mais voltados para o dia a dia e que faz bem o gosto dos vinhos mais simples norte-americanos.

  Os aromas são agradáveis e doces, que lembram geléia de morango e caramelo. Na boca percebe-se que os taninos são muito discretos, possui pouca sensação alcoólica, média acidez, muito frutado e é um pouco aguado, mas o que realmente predomina, é que ele é adocicado. Lembra um vinho rosé mais adocicadinho. Agrada fácil, principalmente aos iniciantes, mas também enjoa fácil. Um vinho que pode ser harmonizado com sobremesas à base de chocolate e frutas vermelhas. O preço no Brasil não é nada convidativo e o custo-benefício não é favorável.

  Avaliação:
  
  CL 85


Embocadero, 2012, Ribera del Duero, Espanha

  Produzido pela Vinícola San Pedro Regalado, que foi fundada em 1958 em forma de cooperativa no vilarejo de La Aguilera, ao Norte de Madri e ao Sul de Burgos, na renomada região de Ribera del Duero, onde se produzem os grandes vinhos Tempranillos espanhóis.

  Este rótulo foi produzido com a uva Tempranillo e estagiou por 12 meses em barris de carvalho americano e francês.

  O rótulo é bem bonito e aumentou a expectativa... No nariz destacam-se aromas agradáveis e com pouca intensidade de morango e ameixas maduras, violeta e cravo. Na boca mostra taninos macios, leve amargor, média persistência, médio corpo, acidez em destaque, leve amadeirado, porém um pouco aguado. Um vinho que agrada, mas não empolga. Esperava um pouco mais.

  Avaliação:

  CL 86


Alceño 50 Barricas Premium, 2012, Jumilla, Espanha

  Produzido na D.O. (Denominação de Origem) Jumilla, localizada próxima à Murcia, no Sudeste da Espanha, pela Vinícola Alceño, que foi fundada em 1870, sendo a pioneira na região. Hoje é controlada pela família Bastida, que possui uma planta moderna e busca atender a atual demanda por vinhos de qualidade.

 Este rótulo foi produzido com 90% de uvas Shiraz e 10% de Monastrel. Estagiou em tonéis de carvalho francês e americano novos por 6 meses.

 Um vinho que demonstra aromas a frutas negras maduras, como mirtilos e amoras, violetas e baunilha, muito agradáveis, mas sem grande intensidade. Na boca agrada muito, é equilibrado, intenso, saboroso, possui taninos macios, boa persistência, levemente picante, frutado. Um vinho com bastante personalidade que não passa desapercebido e satisfaz bastante. Ótima pedida e com preço acessível (apesar da sempre irritante diferença com os preços praticados no exterior). Penso que a harmonização com carneiro seria uma boa pedida.

  Avaliação:

  CL 90



Pangea 2010, Vale do Colchagua, Chile

 A vinícola Ventisquero, que produz este rótulo, foi criada em 1998, e alcançou a certificação em 2012, como vinícola 100% sustentável e está sob o comando do enólogo Felipe Tosso, produz vinhos de qualidade e têm tido bastante entrada no mercado brasileiro. Desde os vinhos mais simples aos mais elaborados ela costuma agradar e este rótulo, um de seus ícones, não foi diferente. 

  Produzido a partir da produção dos vinhedos do Apalta, no Vale do Colchagua, em parceria entre Felipe Tosso e o australiano John Duval, com 100% Shiraz, estagiou 22meses em carvalho francês, sendo 50% novos e 50% de primeiro uso, para depois descansar por 18 meses em garrafa, antes da comercialização. Não passou por clarificação nem filtragem.

  Este vinho empolga. No nariz os aromas são muito particulares, que remetem a frutas negras, frutas fermentadas, palmito e grafite e ao longo do tempo em taça, evolui para notas florais, como flores de alfazema. Na boca é muito intenso, os taninos são precisos e estão bem domados, bem como a acidez, que é muito bem colocada, traz muito equilíbrio, muito sabor, é encorpado, enche a boca, é um vinho instigante e impactante. Grande vinho, que diz a que veio.

  Avaliação:

  CL 93

sábado, 11 de março de 2017

Bila-Haut Occultum Lapidem, 2010; Wild Duck Creek Springflat Shiraz, 2000; Chateneuf du Pape La Vue Du Chai, Xavier, 2009;J J Hahn 1914 Block, Shiraz, 1998; Cornas M. Chapoutier 1999; Chryseia, 2007

  Fizemos nosso encontro da Confraria do Leo no dia 23/01/2017 no Restaurante Caruaru, quando degustamos vinhos de altíssima qualidade. Três deles contemplados com mais de 95 pontos e foi uma noite memorável. Como segue:


Domaine de Bila-Haut Occultum Lapidem, 2010, Languedoc Roussillon, França

 Executado por Michel  Chapoutier, um cultuado enólogo e produtor francês, que produz este rótulo na região do Languedoc Roussillon, no Sul da França. Produzido com Shiraz, Grenache e Carignan, este vinho estagia metade do seu volume em tanques de inox e a outra metade em carvalho francês.

 Aromas muito agradáveis, macios, suaves, com destaque para frutas negras, como mirtilos e cerejas, e notas florais de alfazemas. Na boca é frutado, potente, fresco, estimula a salivação e pede mais um gole, muita persistência, taninos bem presentes e macios, excelente acidez e muito equilíbrio.

 Um vinho de caráter meditativo, noturno, que me fez imaginar uma noite em um ótimo clube de jazz, embalado por boa companhia e música suave, quem sabe de Miles Davis ou John Coltrane...

  Excepcional! 

  Avaliação:

  CL 96



Wild Duck Creek Springflat Shiraz, 2000, Heathcote, Vitoria, Austrália

  A empresa familiar Wild Duck Creek nasceu em 1974, quando David Anderson (conhecido como Duck) e  sua esposa Diana plantaram as primeiras videiras na região de Heathcote, no Estado de Vitoria, no Sul da Austrália, localizada a cerca de uma hora de Melbourne. Hoje, Duck e seu filho Liam dirigem a vinícola e têm como lema, dedicar-se a produzir grandes vinhos, equilibrados, com personalidade e muito sabor, para enriquecer e agradar aos sentidos. 

  O vinho foi produzido 100% com a uva símbolo da Austrália, a Shiraz, e estagiou 45% do volume em barris de carvalho francês e americanos novos.

  O aroma é bem intenso de frutas vermelhas sortidas, balsâmico e ameixas secas. Na boca também é intenso, alcoólico, encorpado, persistente, tem forte acidez, possui taninos muito bem domados, levemente adocicado, realmente é um vinho que não passa desapercebido. Como este exemplar já tem 17 anos, pode ter perdido um pouco do esplendor, mas ainda é um ótimo vinho e segurou bem o peso dos anos. Uma boa harmonização poderia ser conseguida com carnes um pouco mais gordurosas grelhadas, como fraldinha e contra-filé.

  Muito bom vinho.

  Avaliação:

  CL 91


Chateneuf du Pape La Vue Du Chai, Xavier, 2009, Vale do Rhône, França

  Produzido pela empresa Xavier Vins, cujo proprietário é Xavier Vignon, um reconhecido enólogo e consultor, que já percorreu muitas vinícolas mundo afora. Desde 2002 se dedica à compra da produção de vinhos de qualidade de pequenos produtores (têm mais de 20 que fornecem a ele), muitos dos quais ele mesmo prestava consultoria, e a partir daí ele elabora o blend, conforme o seu critério e experiência, para vender seus próprios rótulos, buscando destacar as características da DO (Denominação de Origem) de onde ele adquire o vinho. Com este sistema ele vende seus rótulos das regiões de Chateneauf du Pape, de Gigondas, de Vaqueyras, de Côtes du Rhone e outros.

  Aqui degustamos o Chateneauf du Pape La vue du Chai Xavier, que traz 55% de grenache, 35% de mouvedre e de 15% de shiraz, que foi produzido nesta famosa e icônica região do Sul da França,  às margens do Rio Rhône, próxima à Avignon. Estagia o vinho por 2 anos em carvalho francês de segundo uso.

  O aroma é de média intensidade, muito agradável e macio, destacando frutas negras e vermelhas muito maduras, como cerejas, cassis, groselha, morango em compota e chocolate amargo. Ao longo do tempo o aroma decai um pouco, mas não compromete. Na boca é aveludado, suave, taninos muito macios, é equilibrado, traz muita persistência, um leve amargor bem agradável e madeira suave.

  Um grande Chateneauf du Pape, com muita qualidade e sabor.

  Avaliação:

  CL 93



J J Hahn 1914 Block, Shiraz, 1998, Vale Barossa, Austrália


  A J J Hahn foi fundada em 1997 pelos descendentes da família Hahn, James e Jacqui, que já possuiam uma história familiar com a produção de vinhos e o enólogo Rolf Binder, que desde 2010 é o principal administrador. Localizada no Vale Barossa, no Estado da Austrália do Sul, próximo à cidade de Adelaide. A filosofia da empresa é apenas produzir este rótulo nas safras consideradas excepcionais, para que mantenham a excelência do produto e garantam o valor almejado.

  Este vinho 100% shiraz, estagiou em carvalho americano, sendo 1/3 novos.

 Um vinho de quase 20 anos, que envelheceu muito bem e que empolga em cada aspecto. No nariz mostra uma notável complexidade, destacando aromas como couro, baunilha, amarula, physalis, café e terra molhada. Na boca destaca a acidez, mas é macio, está domado. Curiosamente surgiram algumas notas de frutas amarelas como carambola e damasco, como a de algum ótimo vinho branco. Um vinho que realmente surpreende. Apresentou uma forte evolução ao longo da degustação. A acidez é tão intensa e saborosa que dá frescor, complexidade, intensidade e persistência. O final da garrafa é para lamentar.

  Avaliação:

  CL 96



Cornas M. Chapoutier 1999, Cornas, Vale do Rhône, França

  Provamos outro rótulo de Michel  Chapoutier, este produzido  na região de Cornas, a qual nomeia o rótulo.

  A região de Cornas é um pequeno povoado, localizado às margens do Vale do Rhône, ao Sul de Lyon e tem como tradição o cultivo de uvas Shiraz.

  Produzido com Shiraz estagiou 80% do volume por 14 meses em carvalho francês, o restante em tanques de concreto.

  Aqui provamos um vinho em que seguramente pesou a idade. Afinal é um vinho de 18 anos, mas isto não foi bom para ele. No nariz se destacam frutas negras maduras e adocicadas como mirtilo e cereja, também notas de balsâmico. São aromas macios e agradáveis, porém decaem vertiginosamente ao longo da degustação, até quase desaparecerem. Na boca tem um sabor que não desagrada, porém falta corpo, faltam também intensidade e persistência, é muito aguado. Decepcionou, principalmente pelo "pedigree" de vir de um grande produtor e ter um preço elevado. Quem sabe safras bem mais novas possam estar mais interessantes.

  Avaliação:

  CL 86



Chryseia, 2007, Douro, Portugal

  Este é um verdadeiro ícone moderno da vinicultura portuguesa, onde podemos encontrá-lo presente em praticamente todas as listas dos grandes vinhos deste país.

  Produzido pela vinícola P+S (Prats & Symington). A família Symington trabalha no Porto desde 1882,  produzindo seus famosos vinhos fortificados, vindo a assumir o controle da Warre's em 1914. Hoje seus descendentes dirigem a própria Warre's, a Down's e a Graham's produzindo grandes vinhos do Porto, já Charles Symington é um dos responsáveis pela P+S no Douro. O outro responsável é Bruno Prats, que por mais de 30 anos esteve à frente da Chateau Cos d'Esturnel em Bordeaux e por vários anos esteve dirigindo a Viña Aquitania no Chile.

  Os dois experientes enólogos se reuniram em 1998, com o intuito de produzir vinhos de alta gama na região do Douro e somando as longas vivências na produção de vinhos do Porto, aliadas às técnicas sofisticadas de produção de Bordeaux, fundaram a P+S e frutificaram este belíssimo vinho.

  Produzido com 50% Touriga Nacional e 50% Touriga Franca. Estagiou por 12 meses em tonéis de carvalho francês novos.

  Aroma a pimentão vermelho, balsâmico, floral, canela, baunilha e frutas vermelhas cozidas. Na boca a fruta explode. É equilibrado, macio, intenso, potente, envolvente e persistente. O final de boca traz notas de jaboticaba. Um vinho excepcional que te cativa e encanta.

  Avaliação:

  CL 95