Pi Concejón 2008 ,Aragón, Espanha
Produzido pela Vinícola Langa da região de Aragón, Calatayud, noroeste da Espanha. Uma vinícola familiar que funciona desde 1867 e hoje busca fazer vinhos e espumantes (cavas) em pequena escala, mas com excelência na qualidade.
Esta uva pouco conhecida chamada concejón é autóctona de Aragón e tem semelhança genética com a monastrell.
Como a área de produção da concejón nas terras da vinícola perfaz 3,14 hectares, veio o nome da constante matemática Pi, que batiza este vinho.
Aroma a frutas negras, floral, balsâmico, figos maduros e levemente adocicado. Sabor intenso e agradável, acidez marcante, herbal, taninos firmes e bem domados, amadeirado e tostado. Ótimo vinho.
CL 90
Toro de Piedra Carmenere cabernet sauvignon, 2013, Vale do Maule, Chile
Fundada em 1961 pelo atual presidente Santiago Achurra Larraín, a vinícola Requingue nos traz este Toro de Piedra Carmenere, produzido a partir de uvas cultivadas no Vale do Maule e composta por 15% de cabernet sauvignon. Estagiou por 12 meses em barris de carvalho americanos e franceses, sendo 30% novos.
Aroma a frutas vermelhas frescas, levemente adocicado. Sabor picante, frutado, bons taninos suaves, notas de pimentão, chocolate e tostado. Um carmenere bem típico que agrada sem empolgar.
CL 88
Las Perdices Reserva Malbec, 2011, Mendoza, Argentina
A Vinícola Las Perdices foi fundada em 1952 pelo espanhol Juan Muñoz Lopes e hoje é um empreendimento familiar sólido em Agrelo, Lujan de Cuyo em Mendoza.
O nome Las Perdices é uma homenagem do fundador devido a presença constante das aves em suas terras, que sempre o acompanharam desde o início do negócio.
Aroma a frutas negras e vermelhas, aveludado, com notas de baunilha e ameixa. Sabor picante, intenso, amadeirado, frutas e pimenta do reino. Equilibrado. Bom vinho, mas também não empolga muito.
CL 88
Vigno Carignan, 2012, Vale do Maule, Chile
A vinícola El Pequeño Almacén de Sauzal, que foi fundada em 2010, de propriedade de Renan Cancino, produz este vinho de maneira tradicional, artesanal e em pequena escala no povoado de Sauzal no seco interior do Vale do Maule.
A filosofia do produtor é repaginar as tradições locais com um vinho feito às antigas, fugindo da produção moderna mais tecnológica, mas com o conhecimento acumulado, utilizando os métodos tradicionais. Até o invólucro que protege a rolha foi substituido por um rústico lacre vermelho que parece fabricado com cera, muito interessante.
Não há tanques de aço inox, computadores, prensas mecânicas, adição de conservantes, nem sulfitos. Mantém o mosto em grandes jarros cerâmicos, utiliza a madeira com parcimônia e leveduras naturais. Produz castas menos cultivadas no país, como a carignan, a garnacha e a pais (ou chilena).
Este rótulo é a carignan, que apresentou aroma ácido, diferente do usual, frutas, leite fermentado, queijo e com o tempo adocicou bastante. No paladar é extremamente ácido, rústico, forte e intenso. Um vinho diferente, conceitual e intrigante. A princípio se estranha, mas é interessante entender a proposta e curtir um vinho que busca as origens desta arte e faz valer a pena a experiência retrô.
Não é pontuável.