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sexta-feira, 7 de abril de 2017

Menage a Trois Silk, 2014; Embocadero, 2012; Alceño 50 Barricas Premium, 2012; Pangea 2010

  Nosso encontro mensal da Confraria do Leo  ocorreu em 13/03/2017 para degustarmos alguns rótulos e curtirmos os bons momentos que amigos e vinhos podem gerar. Segue a degustação:



Menage a Trois Silk, 2014, Califórnia, EUA

  Este vinho californiano é produzido pela Foliex à Deux, localizada no famoso Vale do Napa, na Califórnia. 

  Este rótulo brinca com o próprio nome (faz lembrar algumas cachaças brasileiras com nomes de duplo sentido), pois foi produzido com 3 variedades de uvas, sendo 70% pinot noir, 20% malbec e 10% petit shiraz.

  É uma linha de vinhos mais voltados para o dia a dia e que faz bem o gosto dos vinhos mais simples norte-americanos.

  Os aromas são agradáveis e doces, que lembram geléia de morango e caramelo. Na boca percebe-se que os taninos são muito discretos, possui pouca sensação alcoólica, média acidez, muito frutado e é um pouco aguado, mas o que realmente predomina, é que ele é adocicado. Lembra um vinho rosé mais adocicadinho. Agrada fácil, principalmente aos iniciantes, mas também enjoa fácil. Um vinho que pode ser harmonizado com sobremesas à base de chocolate e frutas vermelhas. O preço no Brasil não é nada convidativo e o custo-benefício não é favorável.

  Avaliação:
  
  CL 85


Embocadero, 2012, Ribera del Duero, Espanha

  Produzido pela Vinícola San Pedro Regalado, que foi fundada em 1958 em forma de cooperativa no vilarejo de La Aguilera, ao Norte de Madri e ao Sul de Burgos, na renomada região de Ribera del Duero, onde se produzem os grandes vinhos Tempranillos espanhóis.

  Este rótulo foi produzido com a uva Tempranillo e estagiou por 12 meses em barris de carvalho americano e francês.

  O rótulo é bem bonito e aumentou a expectativa... No nariz destacam-se aromas agradáveis e com pouca intensidade de morango e ameixas maduras, violeta e cravo. Na boca mostra taninos macios, leve amargor, média persistência, médio corpo, acidez em destaque, leve amadeirado, porém um pouco aguado. Um vinho que agrada, mas não empolga. Esperava um pouco mais.

  Avaliação:

  CL 86


Alceño 50 Barricas Premium, 2012, Jumilla, Espanha

  Produzido na D.O. (Denominação de Origem) Jumilla, localizada próxima à Murcia, no Sudeste da Espanha, pela Vinícola Alceño, que foi fundada em 1870, sendo a pioneira na região. Hoje é controlada pela família Bastida, que possui uma planta moderna e busca atender a atual demanda por vinhos de qualidade.

 Este rótulo foi produzido com 90% de uvas Shiraz e 10% de Monastrel. Estagiou em tonéis de carvalho francês e americano novos por 6 meses.

 Um vinho que demonstra aromas a frutas negras maduras, como mirtilos e amoras, violetas e baunilha, muito agradáveis, mas sem grande intensidade. Na boca agrada muito, é equilibrado, intenso, saboroso, possui taninos macios, boa persistência, levemente picante, frutado. Um vinho com bastante personalidade que não passa desapercebido e satisfaz bastante. Ótima pedida e com preço acessível (apesar da sempre irritante diferença com os preços praticados no exterior). Penso que a harmonização com carneiro seria uma boa pedida.

  Avaliação:

  CL 90



Pangea 2010, Vale do Colchagua, Chile

 A vinícola Ventisquero, que produz este rótulo, foi criada em 1998, e alcançou a certificação em 2012, como vinícola 100% sustentável e está sob o comando do enólogo Felipe Tosso, produz vinhos de qualidade e têm tido bastante entrada no mercado brasileiro. Desde os vinhos mais simples aos mais elaborados ela costuma agradar e este rótulo, um de seus ícones, não foi diferente. 

  Produzido a partir da produção dos vinhedos do Apalta, no Vale do Colchagua, em parceria entre Felipe Tosso e o australiano John Duval, com 100% Shiraz, estagiou 22meses em carvalho francês, sendo 50% novos e 50% de primeiro uso, para depois descansar por 18 meses em garrafa, antes da comercialização. Não passou por clarificação nem filtragem.

  Este vinho empolga. No nariz os aromas são muito particulares, que remetem a frutas negras, frutas fermentadas, palmito e grafite e ao longo do tempo em taça, evolui para notas florais, como flores de alfazema. Na boca é muito intenso, os taninos são precisos e estão bem domados, bem como a acidez, que é muito bem colocada, traz muito equilíbrio, muito sabor, é encorpado, enche a boca, é um vinho instigante e impactante. Grande vinho, que diz a que veio.

  Avaliação:

  CL 93