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sábado, 20 de dezembro de 2014

Degustação do Stagnari Viejo, Canepa Finíssimo, Cabal e Rodney Strong


   Dia 11 de Novembro, fizemos nosso encontro para fazer a degustação de 5 vinhos de diferentes cepas às cegas, onde buscamos identificar os rótulos previamente conhecidos e realizamos a devida avaliação.

  Fizemos a identificação com sucesso dos rótulos quase unificada por todos e foi mais um momento de grande aprendizado e satisfação pela prática realizada entre amigos.




  Os rótulos:



  H. Stagnari Viejo, Tannat, 2011, Uruguai

  O primeiro vinho a degustar foi também o melhor da noite, o tannat  H. Stagnari.

  A história da cepa tannat no Uruguai remonta à  chegada da uva, hoje uva símbolo nacional, ao país em 1874, trazida pelo pioneiro Basco-Francês Harriague que iniciou seu plantio na cidade de Salto.

  Em 1978 Hector Stagnari retorna de sua experiência de estudos e trabalhos  em 2 vinhedos em Bordeaux e Chateneaf du Pape, inicia um trabalho investigativo para produção de vinhos de alta gama, avaliando clima, sol e solo no Uruguai, para encontrar o melhor local para produzir o tannat. Após meses de investigação chegou à região conhecida como " Nueva Hespérides" em Salta, que possuía uma forte amplitude térmica, solo argilo arenoso na primeira capa e pedras roladas em segundo nível com pouquíssima matéria orgânica e ótima drenagem.

   Curiosamente após uma série de investigações históricas no ano 2000 descobriu-se que esta área foi a mesma utilizada pelo pioneiro Harriague, que muito tempo atrás já visualizava a apropriação do terroir local para o tannat. Ainda hoje são produzidas neste local as uvas para o preparo dos melhores rótulos da vinícola.

  O vinho degustado é surpreendente. Foi agraciado com medalhas de ouro e prata em muitos concursos mundo afora. Foge das características muito adstringentes de muitos tannats.

  No nariz inicia com um aroma sutil de frutas negras, muito agradável, evolui na taça e apresenta notas de café e chocolate.

  No paladar é intenso, encorpado, frutado, redondo, aveludado, amadeirado, com taninos muito macios, levemente herbal. Muito saboroso. Um vinho muito bem elaborado, com muita estrutura. Extremamente prazeiroso.

  CL 93




  Canepa Gran Reserva Finíssimo Cabernet Sauvignon, 2012, Vale do Colchagua, Chile

  A vinícola Canepa foi iniciada em 1930 pelo italiano Giuseppe Canepa Vacarezza em Valparaiso no Chile. Em 2007 fechou uma aliança com a gigante Concha y Toro, que fez fortalecer a imagem da marca e potencializou a distribuição pelo mundo. Hoje sua produção se encontra nas terras do Vale do Colchagua, a sudoeste de Santiago.

  A vinícola comenta que a linha Finíssimo provém, nos anos 60, da parcela que o fundador reservava para o próprio consumo da família.

  Este cabernet esteve por 13 meses em barris franceses com 90% de cabernet sauvignon, 8% de carmenere e 2% de cabernet franc.

  Na nossa degustação, apresentou aroma a frutas vermelhas com bastante frescor. No paladar apresentou pouco corpo, era um pouco ralo, com acidez intensa, taninos fortes e certo amargor. Faltou equilíbrio, um vinho muito simples que não agradou muito.

  CL 84




  Canepa Gran Reserva Finíssimo Carmenere, 2012, Vale de Marquigue, Chile

  Já este vinho da mesma linha da Canepa foi produzido com 90% de carmenere e 10% de cabernet sauvignon estagiou 13 meses em barris franceses e americanos.

  Este exemplar sim agradou, com aromas muito intensos de frutas negras e vermelhas e notas de baunilha. 

  No paladar percebeu-se um sabor amadeirado, frutado com destaques para morango, muito bom corpo e boa acidez. Muito agradável.

  Curioso como 2 vinhos de uma mesma linha podem ser tão diferentes em resultados qualitativos.

  CL 90



  Cabal Reserva, Malbec, 2012, Mendoza, Argentina

  Este vinho é produzido pela San Carlos Sud, uma cooperativa formada nos anos 80 que reúne mais de 50 produtores locais, hoje com produção de mais de 10 milhões de litros anuais. Vinícola localizada na subregião de São Carlos no Vale do Uco em Mendoza. Os vinhedos estão a mais de 1000 metros sobre o nivel do mar e aos pés das Cordilheiras dos Andes.

  O vinho passou por 16 meses em barris franceses e americanos e demonstrou aroma levemente adocicado e frutas negras.

  No paladar sentimos taninos marcantes, acidez intensa, pouco complexo e bastante adstringente. Não é ruim, mas não empolga.

  CL 87



  Rodney Strong, Estate Vineyards, Pinot Noir, 2012, Russian River Valley, Califórnia, USA

  A vinícola foi fundada pelo ex-dançarino americano Rodney Strong que nos finais dos anos 50 foi um dos que apostaram na região de Sonoma para a produção de vinhos. Em 1989 a planta foi modernizada após a compra da vinícola pela família Klein que a dirige até hoje. A vinícola procura adotar a prática de produção sustentável, incluindo a instalação em 2003 de grandes painéis solares para que seja utilizada a energia gerada na sua produção e afirma que na produção a emissão de carbono é neutra.

O vinho passou 10 meses em barris franceses, o que se fez perceber no aroma à baunilha , conjuntamente às frutas vermelhas.

 No paladar mostrou-se leve, fresco, com acidez preponderante, leve amadeirado, muito bom sabor. Um bom pinot noir.

CL 90

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