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sábado, 20 de dezembro de 2014

Degustação do Azul, Chateau Kefraya, Alvarez de Toledo e Yellow Tail


   No dia 17 de Outubro de 2014 fomos conhecer o espaço do restaurante Four Bistrô no Mirante do Farol para realizar nosso encontro  do mês. Como havia desfalques, cada confrade levou um vinho para fazermos nossa avaliação, sem prévio conhecimento e foi mais um momento gratificante onde desfrutamos da boa prática. O local agradou muito. Belas instalações, uma vista incrível, excelente comida e o atendimento muito especial do proprietário Tiago, também apreciador dos prazeres enológicos. Contamos também com o prazer da presença do Barto, representante da Distribuidora Cantu.





Vinhos degustados:


  Yellow Tail, Cabernet Sauvignon, 2013, Australia


  Produzido pela gigante Casella Wines, empresa familiar australiana fundada em 1969 por imigrantes da Sicilia.
   
   A linha Yellow Tail é um dos vinhos mais conhecidos mundo afora. Chegou a ser a linha mais importada pelos Estados Unidos. O inconfundível rótulo do canguru amarelo realmente representa uma efígie mental de qualquer frequentador de lojas de vinhos. A proposta é fazer um vinho descompromissado de baixo custo que agrade.

  Em nossa degustação notamos que a proposta da vinícola é seguida a risca. Não é um  vinho complexo, não é estruturado, não tem grandes surpresas, mas é agradável. Um vinho leve, saboroso, descontraído.

   No nariz, frutas vermelhas e notas de levedura. Na boca é frutado, fácil de tomar, leve, ideal para agradar a todos, inclusive aos bebedores eventuais. Sem pretensões é um vinho do dia a dia.

   CL 85



    Alvarez de Toledo, Mencia, 2009, Bierzo , Espanha

  A histórica vinícola familiar espanhola tem cepas com mais de 100 anos e está localizada em El Bierzo, região de Castilla y León, no noroeste da Espanha, um dos locais onde se encontra a autóctone uva Mercia, que é cultivada desde o Império Romano.

   A variedade, que é muito comparada à cabernet franc e não é muito conhecida fora da Espanha, tem muitas qualidades aromáticas e muitos apreciadores. Foi nossa primeira experiência com a cepa.

   Este vinho teve 10 meses de barris franceses e americanos.

   Na nossa degustação sentimos aromas interessantes a frutas negras, cereja, canela, tostado.

  No paladar denotou sabor amadeirado, couro, acidez intensa, diferente. Agradou, embora a acidez fosse muito predominante, causando certo desequilíbrio, mas não comprometeu muito, nem tirou o prazer. Um vinho bom de conhecer.

   CL 89



   Azul Reserva, Malbec e Cabernet Sauvignon, 2011, Mendoza, Argentina

   A pequena Adega La Azul produz poucas garrafas e prima pelo cuidado na produção, que é própria, e pela qualidade nos processos. São produzidos apenas 4 rótulos, 2 varietais malbec e cabernet sauvignon e 2 blends com as mesmas uvas.

   Apesar de ser fundada em 2003, tem vinhedos com mais de 50 anos de idade, além de parreiras novas, localizadas aos pés das Cordilheiras dos Andes em Tupungato, Vale do Uco em Mendoza.

   O vinho degustado estagiou 15 meses em barris franceses e americanos.

   No nariz impressiona pela complexidade, uma verdadeira viagem de aromas. Inicialmente pareceu um pouco mineral, fresco, frutas negras, cassis, mirtilo, champignon fresco, balsâmico. Ao final apresentou notas de groselha e baunilha.

   No paladar mostrou-se amadeirado, frutado, encorpado, sedoso, harmonioso, muito saboroso. Um vinho surpreendente, com muita personalidade. Foi o vinho da noite.

   CL 93



   Chateau Kefraya, 2009, Líbano

  É sem dúvidas exótico provar um vinho libanês, por não ser um país tradicional nesta produção. Os vinhedos estão a 1000 metros de altitude no Vale do Beeka, considerado como uma das melhores regiões do país para o cultivo. O Chateau Kefraya é o maior produtor com cerca de 2 milhões de garrafas por ano. A área de cultivo no país vem ampliando, juntamente com os investimentos em modernização.

   O vinho é um blend que passou por barris franceses e que no nariz apresentou frutas negras e baunilha.

  No paladar vimos taninos acentuados, um vinho forte, intenso, bastante alcoólico. Demonstrou muita rusticidade. Um pouco difícil de tomar. Mas foi muito bom provar um vinho fora do circuito.

  CL 86

   

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