Dia 23/03/2016 fizemos nosso encontro para degustar 5 rótulos que elencamos, sendo 2 espanhóis, um italiano e 2 malbecs argentinos. O argentino Achaval Ferrer Malbec 2012, que era o mais esperado da noite, teve algum problema, o qual alguns de nosso grupo detectaram no paladar e chegou-se à conclusão que estava um pouco avinagrado, nada intragável, mas que comprometeu o resultado, o que por ser um vinho jovem, deve ter havido algum problema nesta garrafa específica. Em vista disso não o demonstraremos, nem tampouco pontuaremos.
Seguem as degustações:
Señorio del Tallar, 2012, Ribera del Duero, Espanha
Produzido pela bodega La Milagrosa, em Ribera del Duero, uma das regiões vinícolas da Espanha de maior prestígio, onde a uva tempranillo encontrou excelentes condições de mostrar seu potencial, como neste rótulo o faz.
A vinícola foi fundada em 1962, como cooperativa e com o crescimento da região hoje conta com mais de 200 associados. Teve uma grande reformulação em 1998 modernizando seus processos e produzindo vinhos de qualidade.
A Vinícola Marshall foi fundada por Erika Goulart, uma paulistana que herdou terras em Mendoza de seu avô, o Marechal Gastão Goulart, que havia se exilado na Argentina após a Revolução Constitucionalista de 1932.
Aroma a frutas negras, balsâmico e de boa intensidade. Na boca mostra ser macio, intenso, taninos perfeitamente domados, boa estrutura, aveludado, notas de frutas negras e violetas. No final de boca apresenta sabor de madeira residual e leve amargor. Um vinho muito agradável.
Avaliação:
CL 91
Quanto custa:
No Brasil R$ 92,00
Nos EUA U$ 20,00
Sotorrondero Jimenez Landi, 2012, Méntrida, Espanha
A Vinícola espanhola Jimenez Landi, está localizada na Denominação de Origem (DO) Méntrida, que se localiza a Oeste de Madri e ao Norte de Toledo. Nesta região se produz vinhos há séculos e predomina o cultivo da uva garnacha.
A Jimenez Landi é uma empresa familiar que desde 2004 produz seus vinhos originados de seus próprios vinhedos, os quais são focados na garnacha e algumas outras variedades.
Este vinho foi produzido com uvas orgânicas, sendo 90% garnacha e 10% shiraz e estagia por 10 meses em carvalho francês de diversos usos.
No nariz destacam-se frutas vermelhas e groselha e é seu ponto forte. Na boca mostra-se um vinho refrescante, ligeiro, aguado, com acidez acentuada e sem persistência alguma. Um vinho sem muitos predicados que não empolga, mas que pode ser apreciado quase como um vinho branco, em função da refrescância e acidez ou por iniciantes que busquem muito descompromisso.
Realmente não entendo a boa pontuação que alguns críticos internacionais atribuiram a este exemplar, a menos que este lote comprado na Wine do Brasil, seja diferente do que se degusta lá fora. Mau custo-benefício.
Realmente não entendo a boa pontuação que alguns críticos internacionais atribuiram a este exemplar, a menos que este lote comprado na Wine do Brasil, seja diferente do que se degusta lá fora. Mau custo-benefício.
Avaliação CL 86
Quanto custa:
No Brasil R$ 116,00
Nos EUA U$ 15,00
Ludovico, Orestiadi, 2009, Sicília, Itália
A vinícola italiana Tenute Orestiadi localiza-se na comuna de Gibellina, parte Oeste da Ilha da Sicília, onde tradicionalmente se utiliza muito a uva Nero D'Ávola.
A Fundação Orestiadi, responsável pela vinícola e por trabalhos culturais de valorização de artistas locais, foi criada pelo falecido senador italiano Ludovico Corrao, trabalha no sistema de cooperativa e tem a filosofia de conciliar a tradição e o destaque do terroir local com as técnicas modernas de produção.
Este vinho foi produzido a partir da tradicional uva Nero D'Avola (90%) e de cabernet sauvignon (10%), estagiou 12 meses em carvalho francês e 6 a 8 meses em garrafa.
O aroma é bem interessante, destacando-se frutas vermelhas, especialmente morangos e algo que lembra a carne fresca (o que não é comum, mas não desagradou). Na boca tem boa persistência, taninos suaves, boa acidez, notas de chocolate, frutas vermelhas e queijo suave. É um vinho com personalidade e bem diferente. Certamente não agradará a todos, mas é uma boa experiência para sair do lugar comum. Harmoniza muito bem com carnes vermelhas grelhadas ou assadas, como o contra-filé ou a fraldinha.
Avaliação:
CL 89
Quanto custa:
No Brasil R$ 160,00
Nos EUA U$ 17,00
Gran Vin Goulart Malbec, 2010, Mendoza, Argentina
A Vinícola Marshall foi fundada por Erika Goulart, uma paulistana que herdou terras em Mendoza de seu avô, o Marechal Gastão Goulart, que havia se exilado na Argentina após a Revolução Constitucionalista de 1932.
Consta que em 1995 a brasileira descobriu, revirando seus papéis, a escritura deixada pelo avô da propriedade em terras mendocinas, quando decidiu viajar ao país hermano, tomar posse da área e empreender em 1996 a produção de uvas no local. Mais tarde, em 2005, produziu suas primeiras garrafas.
Hoje administra junto com seu marido a vinícola. É uma produtora respeitada, com vinhos considerados de qualidade e ostenta várias premiações relativas à sua produção.
Este malbec estagia por 14 meses em barris de carvalho francês novos e é um dos destaques da vinícola.
Degustado em 29/03/2016.
Aromas de frutas vermelhas, como morangos frescos e frutas negras em compota, chocolate e violetas. Na boca tem boa intensidade, picante, bons taninos, encorpado, bom equilíbrio e um final de boca amadeirado com leve amargor. Agradou bastante.
Avaliação:
AR 91
Quanto custa:
Outra safra no Brasil R$ 170,00
outra safra nos EUA U$ 49,00
Este malbec estagia por 14 meses em barris de carvalho francês novos e é um dos destaques da vinícola.
Degustado em 29/03/2016.
Aromas de frutas vermelhas, como morangos frescos e frutas negras em compota, chocolate e violetas. Na boca tem boa intensidade, picante, bons taninos, encorpado, bom equilíbrio e um final de boca amadeirado com leve amargor. Agradou bastante.
Avaliação:
AR 91
Quanto custa:
Outra safra no Brasil R$ 170,00
outra safra nos EUA U$ 49,00